Holly Richardson: O que aprendi sobre Deus com a birra de uma criança
As lições que aprendi sobre a sabedoria e o amor de Deus com as birras de meu filho
Holly Richardson: O que aprendi sobre Deus com a birra de uma criança
As lições que aprendi sobre a sabedoria e o amor de Deus com as birras de meu filho
Quando eu era uma jovem mãe e meus filhos faziam birra, eu não sabia como ajudá-los. Eu me sentia impotente ao vê-los chorarem quando ouviam coisas do tipo: “Não, você não pode comer aquela minhoca” ou “a comida de cachorro é para o cachorro, não para você.”
Eu sabia intelectualmente que eles eram jovens demais para usarem a lógica racional e tomarem decisões. Eu sabia que eles não conseguiam entender por que não podiam ter o que queriam naquele momento, exatamente da maneira que queriam. Eu sabia que eles não tinham vocabulário para explicar cuidadosamente por que queriam comer a minhoca, ou para entender minhas explicações racionais sobre por que não podiam. Porém, por um tempo, não sabia como consolá-los.
À medida que fui adquirindo mais experiência como mãe, as birras me incomodavam cada vez menos. Comecei a compreender que as birras eram uma expressão normal de frustração e que a fase iria passar, à medida que aumentassem a compreensão e a capacidade de comunicação.
Aprendi a usar a distração para interromper o ciclo de birra e responder com amor e compaixão. Aprendi a lhes oferecer opções limitadas que lhes permitiam escolher por si próprios, mas sem sobrecarregá-los com demasiadas escolhas. Por exemplo, em vez de perguntar “Que camisa você quer usar?” Eu perguntaria “Você quer usar a camisa vermelha ou a camisa azul?”
E então, um dia, tive uma visão sobre Deus e minhas próprias birras.
Veja bem, depois que nosso terceiro filho nasceu, tive muitos abortos espontâneos. Eu engravidava e perdia o bebê, engravidava e perdia o bebê, de novo e de novo e de novo. Dezenas de vezes.
Comecei a fazer birras incríveis. Certa vez, anunciei à minha família que estava grávida de novo com um bolo que dizia: “Hip hip hooray, um bebê está a caminho!” Poucos dias depois, antes de termos comido o bolo inteiro, tive um aborto espontâneo. Então, fiz o que qualquer pessoa (não) racional faria, peguei uma faca de cozinha e cortei aquele bolo em pedacinhos.
No meu entendimento como o de uma criança, eu pensava que Deus era um Deus mau, que se deleitava em me torturar e me causar abortos espontâneos. Fiquei com tanta raiva e tão triste que não consegui engravidar de outro bebê. Eu não conseguia entender por que não conseguia o que queria, quando queria e exatamente da maneira que queria. E, francamente, nenhuma “explicação” poderia me acalmar.
Acho que aprendo as coisas devagar, porque só há alguns anos, depois de mais de 30 anos como mãe de uma grande família construída principalmente através da adoção, é que tive uma nova perspectiva sobre Deus e meus abortos.
Minha filha nº 25 (não é erro de digitação) estava fazendo birra. Não mais incomodada com birras, a segurei no colo e disse: “Ah, querida, vai ficar tudo bem”. Naquele momento, me lembrei de minha birra por causa dos abortos espontâneos (e de todas as outras vezes em que não consegui o que queria, quando queria) e pensei: Deus, durante aqueles tempos de raiva, estava dizendo para mim, sua filha imatura que não tinha compreensão: “Oh, Holly. Tudo ficará bem.”
Sou grata por essa terna misericórdia, que durou 30 anos. Agora, em tempos difíceis, quando me sinto furiosa e desesperadamente aborrecida, me lembro daquelas palavras que me vieram à mente: “Oh, Holly. Tudo ficará bem.” Eu sei que sou amada. Sei que Deus não tem prazer em atormentar Seus filhos, mas tem uma visão maior e mais ampla do que a minha. E sei que tudo ficará bem.
— Holly Richardson é professora de doutrina do evangelho e oficiante do templo.